Operação desmonta esquema milionário de combustíveis em MT

Gazeta Digital • 16 de maio de 2025

Operação Barril Vazio foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (16), com objetivo de cumprir medidas cautelares na empresa NEOVG/EGCEL, formuladora de combustíveis em Mato Grosso. Dessa vez, a terceira fase da operação apura um esquema de potencial lesivo ao Estado superior a R$ 500 milhões por ano.

 

A ação realizada entre a Polícia Civil de Mato Grosso em conjunto com o Ministério Público Estadual, através das 14ª e 18ª Promotorias de Justiça, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Nesta fase é dado cumprimento a medidas cautelares de compartilhamento de provas, além de outras já em execução, para a desarticulação completa do esquema que, possui um potencial lesivo ao erário mato-grossense superior a R$ 500 milhões por ano.

 

O relatório final da operação, que embasou o inquérito policial, detalhou a atuação de um grupo criminoso voltada para a prática de crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público e crimes contra a ordem tributária, resultando em prejuízos significativos aos cofres públicos. Com o encerramento das investigações policiais, a operação entrou em sua terceira fase, marcada pelos desdobramentos judiciais.

 

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da 18ª Promotoria de Justiça Criminal com base nas robustas provas colhidas, ofereceu denúncia contra os investigados, recebida pela Sétima Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, tornando os envolvidos réus por crimes que incluem organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e crimes contra a ordem tributária.

 

Paralelamente ao recebimento da denúncia, a Justiça acatou o pedido de medidas cautelares por parte da Defaz e 18ª Promotoria de Justiça Criminal contra a empresa, sendo determinado que a NEOVG/EGCEL deverá informar mensalmente suas atividades ao juízo. Esta prestação de contas obrigatória inclui o aporte de todas as notas fiscais emitidas, permitindo um rigoroso controle judicial sobre qualquer movimentação financeira ou comercial.

 

Foi determinado ainda o sequestro criminal de valores e compartilhamento de provas, as quais estão sendo encaminhadas para a Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pela fiscalização do segmento, este conjunto de ações representa a fase conclusiva da Operação Barril Vazio.

 

O desfecho busca não apenas a responsabilização penal dos envolvidos, mas também a desarticulação completa do esquema que, segundo dados da própria Sefaz, possui um potencial lesivo ao erário mato-grossense superior a R$ 500 milhões por ano, sendo já constituído o valor aproximado de R$ 25 milhões de reais pela fruição indevida do benefício, conforme identificado em autuação realizada pela Sefaz.

 

A atuação está alinhada ao planejamento estratégico do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) do Estado de Mato Grosso, com atuação integrada de diversos órgãos estatais. Instituído por meio do Decreto nº 28/2015, o Cira é integrado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Secretaria de Estado de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Fazenda, Procuradoria-Geral do Estado e Controladoria-Geral do Estado. O comitê foi criado com a finalidade de propor medidas judiciais e administrativas para o aprimoramento das ações e efetividade na recuperação de ativos de titularidade do Estado.

 

Investigações

 

As investigações tiveram início após o recebimento de informações que apontavam para irregularidades e práticas delitivas envolvendo a empresa investigada, o que levou ao aprofundamento das apurações pela Defaz e Sefaz. O trabalho investigativo conjunto revelou que a empresa, foi estruturada sobre um capital social majoritariamente fictício. Este capital, segundo as apurações, era supostamente integralizado por meio de propriedades rurais, cuja documentação se mostrou fraudulenta ou inexistente. O principal objetivo por trás da complexa engenharia financeira e documental era, conforme o relatório policial, simular uma capacidade econômica robusta.

 

Com isso, a empresa buscou obter a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar como formuladora de combustíveis. Adicionalmente, o esquema buscava o enquadramento irregular em programas de incentivos fiscais concedidos pelo Governo do Estado de Mato Grosso, notadamente o Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic). A fraude se consolidava através do uso contínuo de documentos ideologicamente falsos, dentre eles a emissão de notas promissórias sem lastro para inflar artificialmente o capital social da empresa. 

Por Redação 12 de dezembro de 2025
O grupo Dreyer, único grupo do agro em RJ formado só por mulheres, no caso as irmãs Raquel e Cristina Dreyer, produtoras rurais que atuam nas cidades de Primavera do Leste e Paranatinga no plantio de soja e milho, teve sua recuperação judicial aprovada. A assembleia de credores ocorreu no dia 12/12/2025 e contou com a presença de 16 credores, dentre bancos, multinacionais, fornecedores e empresas de pequeno porte. Na votação, apenas o Banco do Brasil foi contrário à aprovação do plano de recuperação. Como o volume de credores e de valores que deram voto de confiança às devedoras foi maior, esses 15 credores negociaram condições diversas de pagamento e resultando na aprovação do plano de recuperação judicial do grupo. O advogado das produtoras rurais inicialmente colocou em votação uma suspensão por mais 15 dias a fim de concluir tratativas com o Banco do Brasil, porém essa proposta foi rejeitada pelos demais credores. A recuperação judicial do grupo Dreyer foi apresentada no final do ano de 2024 e as irmãs justificaram que tiveram muitos prejuízos diante da queda do preço das commodities, dificuldade em venda de grãos em preço justo, dificuldade na renegociação das dívidas junto a bancos e também uma seca que assolou a região no ano de 2023, que foi alvo de decreto de calamidade pública na época. A assembleia de credores foi presidida pela administradora judicial, Dra Gisela Cardoso e a defesa das produtoras rurais foi feita pelo advogado João Tito Cademartori, do escritório Sguarevi, Vieira e Cademartori Advogados Associados.  Agora o processo retorna ao magistrado para verificar eventuais irregularidades e validar as negociações realizadas na assembleia de credores, obrigando as produtoras a cumprirem com os pagamentos, sob pena de falência.
Por Ascom 12 de dezembro de 2025
As obras de implantação do Sistema BRT serão interrompidas temporariamente a partir de segunda-feira (15), na avenida XV de Novembro e em frente ao Shopping Pantanal, como forma de não prejudicar o comércio durante o período de vendas do natal. O retorno das obras nesses trechos será após as festas de fim de ano. Os trabalhos, no entanto, continuam em outros locais. Em frente ao Shopping Pantanal será interrompida a execução do sistema de drenagem. Os pontos abertos serão fechados e os serviços retornarão apenas após o Natal. No entanto, as obras continuam em outros pontos, com a concretagem de pistas, construção do Parque Linear e serviços elétricos, com instalação de postes. Já na Avenida XV de Novembro, as atividades de recuperação do asfalto também vão ser interrompidas no fim de ano, para não prejudicar o comércio local. Serão apenas finalizados serviços de drenagem nas Travessas Paiaguás e José Anibal Bouret.  As obras do BRT continuam a ser executadas no trecho entre o CREA e a Rua Voluntários da Pátria, com fresagem e aplicação de nova capa asfáltica, assim como no trecho entre a Praça Ipiranga e o Ginásio do Colégio São Gonçalo, onde estão sendo instaladas geogrelhas. Próximo ao Shopping Popular são executadas as obras de drenagem, com instalação de tubos, utilizando método não destrutivo. Complexo Leblon Já na Avenida Miguel Sutil, as obras do Complexo Viário do Jardim Leblon seguem em andamento com a execução dos muros de contenção da trincheira próxima a Rua Boa Vista, perfuração de estacas para o viaduto em frente ao Todimo Lar Center, serviços de drenagem, aterro e contenções.
Por Agrolink 12 de dezembro de 2025
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 13,4 bilhões em novembro, resultado que representou “mais um desempenho sólido” para o setor. O valor corresponde a um crescimento de 6,2% em relação ao mesmo mês de 2024, impulsionado pelo aumento de 6,5% no volume embarcado, mesmo diante de preços internacionais mais moderados. Segundo o Mapa, o mês consolidou-se como “o segundo melhor novembro da série histórica”. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as vendas externas do agronegócio somaram US$ 155,25 bilhões, o maior resultado já registrado para o período e 1,7% superior ao de 2024. Para o ministério, as exportações seguem desempenhando papel estratégico ao “ampliar escala, fortalecer cadeias produtivas, gerar empregos e renda e estimular investimentos em todas as regiões do país”. A China liderou as compras, com US$ 52,02 bilhões no período, alta de 10%. União Europeia (US$ 22,89 bilhões, +5,4%) e Estados Unidos (US$ 10,48 bilhões, –4,0%) também figuram entre os principais destinos. Outros mercados ampliaram aquisições, como Índia, com US$ 3,02 bilhões (+11%), e México, com US$ 3,0 bilhões (+8,5%). O Mapa destacou que esse movimento aponta para “expansão geográfica gradual e consistente”. Em novembro, a soja em grãos somou US$ 1,83 bilhão (+64,6%), a carne bovina totalizou US$ 1,75 bilhão (+51,8%) e o café verde atingiu US$ 1,5 bilhão (+9,1%). Carne bovina e café registraram recordes de valor exportado, enquanto o volume embarcado de carne bovina superou 318 mil toneladas, o maior já registrado para novembro. Entre janeiro e novembro, o país exportou 3,15 milhões de toneladas de carne bovina, aumento de 18,3% sobre igual período de 2024. A receita chegou a US$ 16,18 bilhões (+37,5%). No mês, as exportações de miudezas bovinas também foram recorde, com 27,1 mil toneladas. O Mapa atribuiu parte do avanço ao acesso a novos mercados. A Indonésia habilitou 17 plantas frigoríficas e passou a comprar carne com osso e miúdos, elevando as importações em 579%. As Filipinas aumentaram as compras em 35%, após ampliarem o acesso a esses produtos. A celulose alcançou recorde de valor e volume em novembro, com US$ 939,2 milhões (+8,6%) e 1,85 milhão de toneladas embarcadas (+14,3%). O algodão não cardado nem penteado também registrou recorde, somando US$ 640,1 milhões (+18,6%) e 402,5 mil toneladas exportadas (+34,4%). As exportações de feijões e pulses mantiveram tendência de crescimento, beneficiadas pelas aberturas de mercado desde 2023. O gergelim alcançou “recorde histórico”, com US$ 70,9 milhões (+20%) e 72,3 mil toneladas embarcadas (+47,7%). Os feijões, por sua vez, somaram 48,3 mil toneladas (+6,8%). Desde 2023, foram abertos 500 novos mercados para produtos agropecuários. O Mapa destacou ainda iniciativas como o AgroInsight e a Caravana do Agro Exportador, que têm aproximado produtores e cooperativas de compradores internacionais. Segundo o ministério, somente o AgroInsight já identificou “mais de 800 oportunidades em 38 países”. Para a pasta, os resultados de novembro refletem “esforço contínuo do Governo Federal em ampliar as oportunidades de negócios nos diversos segmentos” do agronegócio.
Por Agência Brasil 12 de dezembro de 2025
Em comunicado publicado nesta sexta-feira (12), o governo dos Estados Unidos retirou o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de pessoas sancionadas pela Lei Magnitsky. Também foi retirado o nome da esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, e do Instituto Lex, ligado à família do ministro. A decisão é do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano. As sanções da Lei Magnitsky foram impostas a Alexandre de Moraes pelo governo de Donald Trump no fim de julho. Em setembro, a lista passou a incluir também o nome de Viviane. Entenda A Lei Magnitsky é um mecanismo previsto na legislação estadunidense usado para punir unilateralmente supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção nos EUA. Entre as sanções previstas estão o bloqueio de contas bancárias, de bens e interesses em bens dentro da jurisdição em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país. Ao aplicar a sanção a Moraes, o órgão do Departamento de Tesouro norte-americano acusou Alexandre de Moraes de violar a liberdade de expressão e autorizar “prisões arbitrárias”, citando o julgamento da tentativa de golpe de Estado e decisões contra empresas de mídia social estadunidenses. De acordo com o Secretário do Tesouro, Scot Besset, Moraes seria responsável por uma campanha opressiva de censura, por detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e por processos politizados, "inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro".
Por RepórterMT 12 de dezembro de 2025
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) instalou, nesta quinta-feira (11), a Mesa Técnica 9/2025, destinada a construir soluções para a gestão e destinação final dos resíduos sólidos no estado. Os trabalhos foram estruturados em duas frentes, uma abrangendo os municípios atendidos pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Portal do Araguaia (Cidesapa) e outra referente aos integrantes do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico e Social Vale do Rio Cuiabá (Cides-VRC). Com um objetivo em comum, as reuniões técnicas irão desenvolver propostas viáveis para erradicação dos lixões, definição de modelos sustentáveis de aterros sanitários regionais, aprimoramento dos instrumentos de planejamento e superação das limitações técnicas, operacionais e financeiras enfrentadas pelos municípios. A iniciativa teve origem em solicitação do prefeito de Diamantino, Chico Mendes, que buscou apoio do Tribunal para atender às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Diante da complexidade e abrangência do tema, o presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo ampliou o escopo, transformando a demanda inicial em um procedimento estadual, aberto a todas as regiões.  Na abertura dos trabalhos, Sérgio Ricardo reforçou o compromisso institucional com o desenvolvimento equilibrado do estado. “Grande parte das cidades ainda convive com lixões e não sabe por onde começar. Estamos discutindo isso há dois anos, junto com o Ministério Público, Governo do Estado e demais instituições, para organizar onde serão os aterros sanitários licenciados e como cada município destinará corretamente seus resíduos” , afirmou o presidente. À frente da mesa estará o presidente da Comissão Permanente de Normas, Jurisprudência e Consensualismo (CPNJur), conselheiro Valter Albano, que destacou que a provocação inicial representa apenas o ponto de partida de um processo mais amplo. “O caso de Diamantino revelou um tema muito maior, que há anos conta com atuação ativa do presidente Sérgio. O desenvolvimento que Mato Grosso alcançou em diversas áreas exige que enfrentemos pendências estruturais e a destinação de resíduos é uma delas. Os pequenos municípios não têm escala para soluções isoladas, por isso precisamos do grande e do pequeno juntos em um modelo cooperado” , avaliou Albano. O procurador-geral do Ministério Público de Contas, Alisson Carvalho de Alencar, também salientou a relevância da atuação conjunta. “Buscamos soluções sustentáveis para acabar com os lixões. Além de aterros sanitários, queremos discutir alternativas inovadoras, como incineração com geração de energia e decomposição térmica, visando modelos ambiental e economicamente viáveis a longo prazo” , explicou. Para a representante do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional Patrimônio do Meio Ambiente Urbano e de Assuntos Fundiários, Mariana Batizoco, a mesa técnica cria um ambiente necessário para superação histórica do passivo ambiental. “Quando instituições, gestores e sociedade se reúnem para compreender dificuldades e construir estratégias conjuntas, toda a coletividade é beneficiada. A destinação adequada é obrigação legal e urgência ambiental" . Cidesapa – Portal do Araguaia Composta por Araguaiana, Araguainha, Barra do Garças, General Carneiro, Novo São Joaquim, Pontal do Araguaia, Ponte Branca e Torixoréu, a região do Portal do Araguaia apresenta diferentes situações, com municípios que utilizam aterros privados ou lixões. O Cidesapa já finalizou estudos técnicos para uma solução regional, mas conflitos entre iniciativas municipais e projetos consorciados exigem alinhamento, evitando sobreposições e garantindo eficiência. Diante desse quadro, foi pactuada, no âmbito da Mesa Técnica, a realização de reunião conjunta para harmonização dos projetos, avaliação da viabilidade de adesão dos municípios ainda não integrados e definição de encaminhamentos para implantação regional. O prefeito de Araguainha e presidente do Cidesapa, Francisco Gonçalves Naves, ressaltou o impacto da articulação conduzida pelo Tribunal. “Essa reunião foi extremamente proveitosa. Os municípios menores, como o meu, sofrem há muitos anos com essa dificuldade. O Tribunal, o Ministério Público e as demais instituições entenderam nossa realidade e estão nos orientando. Tenho certeza de que, com esse apoio, no próximo ano avançaremos para que o sonho de ter destinação adequada se torne realidade." Cides-VRC – Vale do Rio Cuiabá Integrando os municípios de Acorizal, Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antônio de Leverger, Várzea Grande, Paranatinga e Nobres, o Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá (CISVARC) enfrenta um dos maiores passivos ambientais do estado, com lixões ainda ativos, planos defasados e grande dificuldade institucional para implantação de soluções permanentes. Embora o Cides-VRC tenha avançado em estudos, o processo exige complementações técnicas e alinhamento regional. Parte dos municípios foi incorporada ao Plano Metropolitano de Gestão de Resíduos, tornando a região prioridade para a articulação conduzida pelo TCE-MT, Ministério Público Estadual, Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e Governo do Estado. O prefeito de Nobres e presidente do CISVARC, José Domingos Fraga, enfatizou a importância da mediação institucional. “Dos 13 municípios do consórcio, 11 possuem arrecadação própria praticamente inexpressiva. Com essa mesa técnica, o trabalho iniciado há mais de dois anos pode finalmente sair do papel. Precisamos sensibilizar e convencer o Governo do Estado a ser parceiro da região que reúne os piores indicadores sociais." A Mesa Técnica 9/2025 será conduzida pelo propositor e presidente do TCE-MT, conselheiro Sérgio Ricardo, pelo presidente da CPNJur, conselheiro Valter Albano, pelo relator, conselheiro Campos Neto, pelo procurador-geral do MPC, Alisson Carvalho de Alencar, e por membros da CPNJur. Também participam o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e os consórcios regionais, além de representantes dos municípios envolvidos.
Por Ponto na Curva 12 de dezembro de 2025
O corregedor e vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Marcos Machado, discutiu com o procurador Regional Eleitoral, Fabrizio Predebon da Silva, o fluxo de representações por doações acima do limite legal. Demandas que tratam desse assunto, segundo Machado, podem ser encaminhadas normalmente ao Tribunal, independente do recesso forense. “O Tribunal irá receber eventuais representações durante o recesso. O ajuizamento dos processos entre 20 e 31 de dezembro de 2025 proporcionará tempo hábil para a tramitação, instrução e julgamento, evitando que o acúmulo de processos não concluídos no prazo comprometa a avaliação desta Especializada junto ao CNJ”, pontuou o desembargador Marcos Machado. No Brasil, a legislação eleitoral impõe limites para as doações de pessoas físicas a candidatos ou partidos políticos. Isso visa garantir a igualdade de condições na disputa eleitoral e combater o abuso do poder econômico.  As representações em questão são aquelas previstas no art. 24-C, § 3º, da Lei n° 9.504/1997, e no art. 27, § 5º, III, da Resolução TSE n° 23.607/2019, relativas a doações financeiras de pessoas físicas ou jurídicas que ultrapassaram o teto legal permitido durante a campanha de 2024. Os dispositivos mencionados estabelecem que apenas pessoas físicas podem fazer doações eleitorais. Essas doações são limitadas a um percentual de seus rendimentos. Pessoas Jurídicas (empresas): estão proibidas de fazer doações eleitorais desde 2015. Qualquer doação de empresa é ilegal e gera representação. Pessoas Físicas: o limite é de 10% dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior ao da eleição.
Por Redação 12 de dezembro de 2025
Mato Grosso encerrou novembro com o maior volume de exportação de carne bovina já registrado pelo estado. Foram 112,8 mil toneladas enviadas ao mercado internacional apenas no mês — um recorde histórico. No acumulado de janeiro a novembro, o estado também superou todas as marcas anteriores e atingiu 867,7 mil toneladas embarcadas, crescimento de 23,8% em relação ao mesmo período do ano passado, que já havia sido o melhor desempenho até então. Em novembro deste ano, o estado ultrapassou a carne bovina exportada durante 2024, quando foram vendidas 759,3 mil toneladas da proteína bovina. Esse avanço reforça a posição de Mato Grosso como o maior exportador brasileiro de carne bovina e um dos principais fornecedores globais. “Esses números mostram, mais uma vez, a força da pecuária mato-grossense no cenário internacional. Não se trata apenas de volume: estamos exportando uma carne cada vez mais competitiva, sustentável e alinhada às exigências dos principais mercados do mundo. O desempenho histórico de novembro comprova que o setor está preparado para crescer com responsabilidade, ampliando acesso a novos destinos e fortalecendo a confiança global na carne produzida em Mato Grosso”, afirma o diretor de Projetos do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno de Jesus Andrade. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento expressivo dos embarques para a China, que segue como principal destino e responde por 54,8% de toda a carne bovina exportada pelo estado em 2025. O país asiático mantém forte demanda por proteína de alta qualidade, o que favorece a competitividade de Mato Grosso. Além da China, mercados como Rússia e Chile ampliaram suas compras ao longo do ano. O movimento reflete, em parte, o ganho de competitividade da carne mato-grossense, beneficiada pela eficiência produtiva, rastreabilidade crescente e fortalecimento das práticas socioambientais. “Quando vemos China, Rússia, Chile e outros mercados ampliando suas compras, isso significa que a carne mato-grossense está ganhando competitividade pela qualidade, pela previsibilidade e pela sustentabilidade do sistema produtivo. É um momento que consolida o estado como protagonista global e abre espaço para avançarmos ainda mais em valorização e diferenciação da nossa proteína”, destaca Bruno Andrade. Além de impulsionar o setor produtivo, o desempenho histórico reforça a importância econômica da pecuária para Mato Grosso. Em 2025, o estado movimentou mais de US$ 3 bilhões com exportações de carnes, contribuindo para o superávit da balança comercial brasileira e para a geração de renda em toda a cadeia — da pecuária de corte à indústria frigorífica.
Por RepórterMT 12 de dezembro de 2025
O Aeroporto Internacional de Cuiabá registrou atrasos e cancelamentos entre quarta-feira (10) e quinta (11), reflexo do vendaval que atingiu o Sudeste e o Sul do país. Segundo a Centro-Oeste Airports (COA), concessionária que administra o aeroporto, o terminal permaneceu operacional durante todo o período, mas 8 voos pousaram com atraso e 2 foram cancelados. Conforme a COA, a Latam teve dois pousos atrasados, vindos de Congonhas (SP) e Guarulhos (SP). A Azul registrou três atrasos em voos que partiram de Campinas (SP). Já a Gol teve três aeronaves atrasadas, oriundas do Galeão (RJ), Congonhas (SP) e Guarulhos (SP). Pelo mesmo motivo, dois voos da Latam que sairiam de Guarulhos com destino a Cuiabá foram cancelados. Os atrasos e cancelamentos em Mato Grosso são reflexo dos fortes ventos que atingiram São Paulo e Santa Catarina na quarta-feira (10). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as rajadas chegaram a 98 km/h e provocaram um efeito cascata no sistema aéreo nacional. A Defesa Civil informou que o fenômeno foi causado por um ciclone extratropical que se formou no Sul do Brasil.  Em relação aos voos que saíram de Cuiabá com destino às regiões afetadas, a COA informou que os números de atrasos e cancelamentos ainda estão sendo levantados. Em Guarulhos e Congonhas, já são 344 voos cancelados desde quarta-feira, sendo 100 apenas nesta quinta. A COA recomenda que os passageiros entrem em contato diretamente com suas companhias aéreas para informações atualizadas sobre horários e remarcações.
Por Gazeta Digital 12 de dezembro de 2025
O governador Mauro Mendes (União) voltou a minimizar, nesta quinta-feira (11), a pressão do senador Jayme Campos (União) para emplacar sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso em 2026. Questionado sobre o assunto, Mendes afirmou desconhecer qualquer comunicação oficial do correligionário e reforçou que o debate eleitoral só ocorrerá “no momento certo”. Além disso, reforçou que qualquer filiado pode se lançar candidato, mas só passará para disputa caso seja aprovado nas convenções partidárias do ano que vem. As declarações de Mauro Mendes ocorrem um dia após Jayme Campos afirmar, mais uma vez, que não abre mão de ser candidato ao governo. “Eu já disse: qualquer filiado ao partido pode lançar o que quiser. Quem quiser falar que é candidato, pode. Isso não é proibido, é um país democrático. Qualquer um pode se lançar, pode falar. Isso é definido nas convenções partidárias”, afirmou à imprensa. O governador ressaltou que Jayme Campos nunca o informou oficialmente sobre a pré-candidatura. Todavia, entende que a disputa de 2026 ainda está distante e adianta que o tema não faz parte de suas preocupações imediatas. “2026 ainda é muito longe. Não sofro por antecipação. Parte da imprensa fala muito em eleição. Eu falo de gestão, do dia a dia do governo e me preocupo com entregas. Ele não comunicou oficialmente para mim. Jayme tem trajetória, é senador da República, tem dimensão e estatura para candidatar. Mas vamos dizer somente em março o nosso candidato.”, emendou. Jayme reafirma candidatura e cobra espaço Em vídeo publicado nas redes sociais, Jayme exaltou sua trajetória e afirmou que seu “histórico fala por si só”. Ele disse disputar o governo para “gerar mais oportunidades, fortalecer a economia, ampliar políticas sociais e garantir dignidade aos mato-grossenses”. “Não abro mão da minha candidatura. Doa a quem doer”, disse o senador, que já foi prefeito de Várzea Grande, governador de Mato Grosso na década de 1990 e cumpre agora seu terceiro mandato no Senado. Nos bastidores, porém, Jayme não encontra o apoio que esperava dentro da própria legenda, que formou federação com o Progressistas. Parte das lideranças do União Brasil e PP tem se alinhado ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Cenário dividido Mesmo assim, Jayme insiste na candidatura e afirma que apresentará seu nome “de forma humilde” à federação. “Claro que não [vou recuar], até porque não tem nada oficialmente. No momento oportuno, pedirei ao dirigente do grupo que convoque uma reunião para colocar minha candidatura dentro do União e da federação. Tenho 74 anos, faço política porque gosto. Jayme Campos tem 40 anos de vida pública.”
Por Gazeta Digital 12 de dezembro de 2025
A respeito da disputa para presidência do ano que vem, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes afirmou que não dá para reduzir o debate aos nomes somente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do deputado federal Flávio Bolsonaro (PL). Em tom moderado, salientou que a discussão deve estar centrada nos problemas e soluções para o país. "Não dá para reduzir o debate a esses dois nomes. E o Caiado? Um grande governador. E o Zema? Um grande governador. E o Ratinho Júnior? Um grande governador. Tem outros grandes nomes por aí, e que talvez não apareceram ainda e podem aparecer. Então tem que se debater nesse momento qualquer nome que queira se apresentar. É debater com clareza um projeto para o país, gente que tem experiência e competência", destacou o governador. Próximo de Tarcísio, o ex-senador Cidinho Santos (PP) afirmou seria lamentável caso o governador paulista não seja candidato em 2026, já que o considera o mais preparado para disputar o cargo. Na última semana, Flávio Bolsonaro anunciou sua pré-candidatura, com anuência de seu pai, o ex-presidente Bolsonaro. Segundo Cidinho, que viu com estranheza esse anúncio, sem uma fala direta do próprio pai, Flávio continuará tento dificuldade em unir os governadores da direita. "Pegou todo mundo de surpresa porque o Flávio, ele mesmo se colocou como candidato. O pai dele está apoiando ele, e se lançou como candidato. Não tem uma fala do Bolsonaro, não tem uma carta do Bolsonaro. Está tendo o apoio restrito do PL, porque é interessante para o PL ter um candidato a presidente, que isso fortalece essas candidaturas de governador, de deputado estaduais, de senadores, de deputados federais também. Mas outros partidos estão muito reticentes dessa viabilidade ou não. O Tarcísio hoje é o líder mais preparado, mais pronto e todo mundo sabe para ganhar a eleição de 2026", finalizou. Também presente no evento estadual do PP, a senadora Margareth Buzetti destacou que tem ótimos nomes concorrendo, e apesar de ter dito que possui uma boa relação com o filho de Bolsonaro, enxerga em Tarcísio o nome para unificar a direita. "É uma pessoa que acredito que é uma pessoa técnica, é uma pessoa que não tem passado nenhum que condene, trabalhadora. Trabalhou com Bolsonaro, é isso que nós precisamos. No início acho que vai ser muito difícil unificar. Mas o Flávio não é um nome ruim, é uma pessoa muito equilibrada, uma pessoa que no Senado conseguiu agregar. Tive um bom relacionamento com ele durante todo o tempo, a gente trabalhou muito na segurança pública. Mas é esperar um pouco, é muito cedo para definir isso", frisou a senadora.